quarta-feira, 15 de maio de 2013

ALGAZARRA NA TERRA DA GAROA!

No dia 16 de maio (amanhã) parte para a cidade de São Paulo o Algazarra, grupo coral formado por jovens cantores capixabas que foram aceitos no prestigiado encontro de coros Gran Finale Festival. É a primeira vez que um grupo do gênero alcança essa distinção e é importante ressaltar que esses jovens coristas são moradores de comunidades da Grande Vitória como Itararé, Consolação, Engenharia, São Benedito e algumas da Serra como Novo Horizonte e Feu Rosa.


Dá para se ter uma ideia do impacto positivo na autoestima que essa viagem à terra da garoa vai causar na meninada? O presidente do Movimento Comunitário de Itararé, Ailton Monteiro Filho, um dos principais incentivadores do coral, nos traz um testemunho muito tocante: “um dos pais veio me dizer todo orgulhoso que a filha dele vai cantar em São Paulo. Você imagina, ele é jardineiro e está juntando dinheiro para a menina poder passar lá esses dias”.

Serão três dias de realização do Festival (vide flyer abaixo) e vários simpatizantes do Algazarra estão colaborando com doações de alimentos, casacos e também dinheiro. Todos empolgados com o sucesso e a audácia dessas “crianças da periferia”, lideradas pela maestrina Alice Nascimento, pianista e regente formada pela FAMES, que foi também uma jovem “em situação de risco social”. O custo mais alto ainda não solucionado é o do albergue que acolherá o grupo (algo em torno de R$3.000,00)


Os dois maiores patrocínios conseguidos pelo Algazarra até agora foram a isenção da taxa de inscrição dos coristas (180 reais para trinta participantes, perfazendo R$5.400,00) e o transporte conseguido junto à Secretaria de Estado da Cultura. Fazemos questão de mencionar e agradecer o apoio do Secretario Maurício Silva. Futuramente serão citados nominalmente os demais colaboradores dessa campanha, salvo desejem permanecer anônimos.

Maurício Silva - Secretario de Estado da Cultura do Espírito Santo
 
Contamos com sua participação no entusiasmo dessa viagem de um coro capixaba ao Gran Finale Festival. Divulgue na mídia que lhe aprouver - o radialista Aloísio Ovelha divulgou em seu programa da Radio Gazeta e logo surgiram dois patrocinadores que doaram R$150,00 cada. Doe você também, conte aos amigos dessa coisa boa num mundo de tanta coisa ruim. Procure a gente para maiores informações pelo nosso email: aalicenascimento@hotmail.com ou pelos telefones: 9814 9906 / 3207 8673

Segue links de vídeos do ALGAZARRA.
http://www.youtube.com/watch?v=lhjHlRz0FqA http://www.youtube.com/watch?v=P8XT5HnEZwU http://www.youtube.com/watch?v=CvUBey0BVhk

Agradecemos a atenção.

Maestrina Alice Nascimento - Fundadora do ALGAZARRA Arte & Coral

quinta-feira, 9 de maio de 2013

SAMPA RECEBE O ALGAZARRA

Amigos

É com muita satisfação e orgulho que divulgamos a aprovação do ALGAZARRA Arte & Coral, grupo infanto/juvenil, sem fins lucrativos, formado por cantores de bairros da periferia da Grande Vitória – na seleção da 11ª Edição do mais importante encontro de corais infanto-juvenil do Brasil, o “Gran Finale”. Realizado em São Paulo este ano de 16 a 19 de maio o Gran Finale é a versão brasileira do tradicional Festival que acontece no Teatro Carnegie Hall, em Nova York, há 22 anos.

Como Funciona Para Participar: (do site www.granfinalefestival.com.br)

Taxa de inscrição do Coral: R$ 170,00 (obrigatória para todos os grupos). Até 5 de março/2013. Com o pagamento da inscrição do Coral, o regente principal estará automaticamente inscrito no Workshop, independente da aprovação ou não do grupo. Esta taxa não será devolvida. Taxa de inscrição coralista: R$ 180,00 (por coralista).

Como já dito, o Algazarra foi selecionado pelo Gran Finale o que por si só é uma vitória considerável. Porém, além disso, entendendo que a participação do grupo é muito importante e por se solidarizar com a proposta, a direção do Festival isentou a taxa de inscrição dos trinta jovens capixabas. Desde então viabilizar o custo da viagem tem sido o grande desafio.

Nosso objetivo é te convidar a participar do sucesso do ALGAZARRA!

Serão quatro dias de viagem Vitória X São Paulo, nesse momento necessitamos de recursos para alimentação e hospedagem do grupo. Sua contribuição pode ser financeira, mas também pode ser através do contato com alguma entidade Paulistana que acolha gratuitamente os nossos capixabas.

Como contrapartida à empresa ou instituição que venha a apoiar a participação do ALGAZARRA no Gran Finale”, oferecemos uma apresentação exclusiva do grupo em evento institucional do interesse do patrocinador, bem como a instalação de banners ou outras formas de visualização – a ser fornecido pelo patrocinador - em nossas apresentações, e também a liberação de fotos para uso da empresa em seu material publicitário.

Contamos com sua ajuda para este contato e nos colocamos a sua disposição para maiores informações pelo nosso email: aalicenascimento@hotmail.com ou pelos telefones: 9814 9906 / 3207 8673

Segue links de vídeos do ALGAZARRA.

Agradecemos a atenção.

Maestrina Alice Nascimento - Fundadora do ALGAZARRA Arte & Coral

quarta-feira, 17 de abril de 2013

CORAL ARCELORMITTAL TUBARÃO É ATRAÇÃO EM CONCERTO DE PÁSCOA

Numa promoção do Instituto Todos os Cantos, o Coral ArcelorMittal Tubarão vai realizar sua primeira grande apresentação do calendário 2013. Um Concerto de Páscoa que acontecerá dia 26 de abril, no Teatro do Sesi, com entrada gratuita. O repertório privilegia, naturalmente, a música sacra mostrando várias facetas da expressão espiritual ao redor do planeta, serão apresentadas peças de Tchaikovsky (Russia), Verdi (Itália), Liszt (Hungria), Camargo Gaurnieri (Brasil), entre outros, e até um “Pai Nosso” composto pelo regente Adolfo Alves.

 
A apresentação conta ainda com a participação de vários cantores solistas e instrumentistas entre os coristas que integram esse grupo que é um dos mais antigos e tradicionais do Espírito Santo, fundado em 1986. A regência do coro e direção geral deste espetáculo é do maestro Adolfo Alves - que ininterruptamente dirige corais há mais de cinquenta anos - é também conhecedor profundo de música clássica e explica a importância da arte musical na celebração da Páscoa:

O calendário litúrgico cristão tem várias datas em que são celebrados ou relembrados momentos da vida de Cristo ou de seus ensinamentos. Duas dessas datas têm mais evidência em todo o mundo não apenas pelo que se celebra, mas por causa de tradições e costumes paralelos que foram se formando em torno delas: O Natal e a Páscoa. Durante séculos foi criada muita música especial para essas celebrações, de maneira que hoje temos um grande repertório coral de cantos natalinos e pascoais.

Essas ocasiões são também ricas em poemas clássicos que foram usados por grandes compositores em obras que se tornaram célebres. Destaca-se a festa de Corpus Christi, cuja sequentia e outros textos são de autoria de S. Tomas de Aquino, de onde vêm o Pange Lingua, Ave Verum Corpus, Panis Angelicus, Jubilate Deo e outros. Alguns desses textos serão cantados na língua original – geralmente o latim - ou em inglês, português, italiano, etc.

O Coral ArcelorMittal Tubarão mostra, assim, algumas dessas páginas sacras, não exatamente como mensagem religiosa, mas com o intuito de resgatar obras artísticas que já se vão perdendo na bruma do tempo. Mas não podemos desprezar ou esquecer o lado religioso especialmente para contrapor ao momento de violência, falta de solidariedade e materialismo que ora vivemos e que nos trazem tanta insegurança e tristeza. Continuamos a acreditar que a MÚSICA EDUCA PARA A PAZ e assim seguimos A CANTAR EM TODA PARTE COM ALEGRIA, AMOR E ARTE. 

FICHA TÉCNICA
Concerto de Páscoa
Coral ArcelorMittal Tubarão
Dia 26 de abril de 2013. 20 horas.
Local: Teatro do SESI.
Rua Tupinambas, 240. Jardim da Penha.
Informações ITC: 27 3033 9010.
ENTRADA FRANCA

segunda-feira, 15 de abril de 2013

PRIORIZANDO O CORAL NA VIDA DE CASAL



O Blog do Instituto Todos os Cantos traz uma entrevista com um casal de integrantes do Coral ArcelorMittal Tubarão, Geovania (soprano) e Cidimar Bonadiman (tenor), uma família que tem grande parte da vida dedicada ao canto coral.

Cidimar Bonadiman, entre os colegas tenores
Blog do ITC: Vocês cantavam em coros separados, antes de se conhecer, ou começaram a cantar juntos? Como é que o canto entrou na vida de vocês?

Cidimar: Na minha vida foi o seguinte: antes de casar eu já cantava em coral. Eu comecei a cantar em Cobilândia na Igreja Nossa Senhora da Conceição Aparecida.
Geovania no naipe de sopranos do coral ArcelorMittal Tubarão

Blog do ITC: Você é de Cobilândia Cidimar?

Cidimar: Não, eu sou de Cachoeiro do Itapemirim, vim pra Vitória em 1971.

Blog do ITC: Você veio para estudar?

Cidimar: Sim, vim estudar, aí entrei nesse coral da igreja que era muito bom... Com o maestro Antônio Depeccati. Nós também fizemos parte do coral do Ítalo, um coro de tradições italianas, também com o Depeccati.

Blog do ITC: Vocês se conheceram no coral?

Cididmar: Não, nós não conhecemos no coral.

Geovania: Eu o conheci dando aula pra mim, ele foi meu professor de matemática.

Blog do ITC: Mas matemática, onde?

Geovania: No cursinho preparatório para a prova da Escola Técnica, em 1980.

Cidimar: Eu estava recém-formado, tinha um grupinho que me conhecia e queria que eu desse aula pra eles. As aulas aconteciam no Centro Comunitário de Cobilândia.Foi lá que a gente se conheceu, mas só começamos a namorar um ano depois.

Cidimar: Depois do curso.

Geovania: Nós frequentávamos a igreja e ele me convidou para o coro.
 


Cidimar: Mas aí o coro acabou, porque era muito bom, chamava muita atenção e tinha gente que não gostava. O coro até continuou a ensaiar no Centro Comunitário, mas na Igreja acabou.

Blog do ITC: E vocês já conheciam o maestro Adolfo Alves ou não?

Cidimar: Eu conheci o Adolfo... Eu estava passeando em Santa Tereza um dia e um coral regido pelo Adolfo, não lembro qual, estava se apresentando lá. Daí falei: que coral bacana... E eu conhecia o Vescovi, de Fundão, que também cantava em Cobilândia e ele falou comigo assim: você vai entrar nesse coral!

Geovania: Ele entrou primeiro... Aí tinha um coral da Sociedade Filarmônica...

Cidimar: Isso, aí nós fizemos parte desse coro.

Geovania: E ensaiava em uma escola na Praia do Suá. Esse coro acabou quando o Coral da CST, que estava em recesso, voltou. Foi naquele período de mudança (A Privatização da CST, hoje ArcelorMittal Tubarão, em 1992).

Cantando com o Coral ArcelorMittal Tubarão em Afonso Claudio no Natal de 2012
 
Blog do ITC: Então vocês fazem parte do Coral ArcelorMittal quase desde o início.

Geovania: Faz vinte e um anos.

Blog do ITC: De casados vocês tem quanto tempo?

Cidimar: Nós casamos em 1985.

Geovania: Esse ano faz vinte e oito anos.

Blog do ITC: Então, a maior parte desse tempo vocês passaram no Coral ArcelorMittal Tubarão...

Cidimar: Desde que casamos nós sempre fizemos parte de algum coral.

Geovania: Não, esse aqui...
 
Cidimar: Eu sempre gostei porque eu sou de família italiana. Meu pai sempre cantava nas festas, aquelas cancionetas italianas. Meu pai é de Iconha e meus tios e os amigos deles, todos de origem italiana, gostavam muito. Meu pai cantava em igreja, ele escrevia uns livrinhos...

Geovania: Fazia as partituras à mão.

Cidimar: Fazia as partituras e ia ensinar nas igrejas

Blog do ITC: Como era o nome dele?

Cidimar: Bruno Bonadiman, ele já é falecido.

Geovania: E a música faz parte da nossa vida.

Cidimar: Só teve uma vez que a Geovania não fez parte, é que o coral era masculino. (risos) E era um coro muito bom, viajamos muito, fomos a Londrina e por aí...

Blog do ITC: O que fazer parte do Coral ArcelorMittal Tubarão significa para vocês hoje? Depois desse tempo todo?

Cidimar: Coral pra gente está no sangue. A gente às vezes até dá uma desanimadinha, mas não consegue sair.

Geovania: Pra gente é como uma família, a amizade é muito forte. A gente prioriza o coral em nossa vida. Porque o pessoal de nossa comunidade mesmo cobra a gente por causa do coral.

Cidimar: Na vida da gente tem outras coisas, outras amizades, a comunidade onde moramos que cobra da gente. Poderíamos até cantar em nossa igreja, mas não fazemos isso porque não dá tempo e a gente prioriza o coral. Na verdade eu penso assim: vamos fazer alguma coisa? Vamos fazer bem feito. Se a gente tiver várias atividades ao mesmo tempo, provavelmente alguma eu não vou conseguir fazer bem.

Geovania: E é uma coisa que a gente gosta né? A gente vem por amor, porque gosta mesmo.

Blog do ITC: E qual a apresentação do coral que mais marcou vocês?

Geovania: Nossa! Nesses vinte e tantos anos?

Cidimar: São várias. Marcou, por exemplo, nem sei mais quanto tempo tem, deve ter uns quinze anos, aquela apresentação em Ipatinga.

Geovania: Num encontro de coros em Ipatinga em que nós fizemos o “Negro Spiritual”, aquela foi muito gratificante.

Cidimar: Cantamos o “Ave Verum” de Liszt, foi lindo. E depois também em Mendonza (Argentina) foi fantástico. Imagina cantando no meio daquele monte de gelo.

Geovania: Ah! No Aconcágua...

O maestro Adolfo regendo um grande coro de vários países no Aconcágua


Blog do ITC: E as apresentações na praia, vocês participaram de todas?

Geovania: Participamos de todos os Concertos de Natal da ArcelorMittal Tubarão com a Orquestra Filarmônica do Espírito Santo.

Cidimar: E aquele monte de artistas famosos: Agnaldo Rayol, Elba Ramalho, Fafá de Belém...

Geovania: Ivan Lins, Geraldo Azevedo, Simone... A gente sente muita falta, porque era muito legal. Que pena que acabou.

Blog do ITC: E deve ser ter sido muito legal encarar aquela plateia gigante, porque dava muita gente, não é?

Cidimar: Dava umas dez, quinze mil pessoas.

Geovania: Mas é gratificante até quando a gente canta para plateias pequenas, sabe? Dentro das igrejas...

Cidimar: Eu prefiro cantar em ambiente fechado, a gente consegue um feedback da voz e se ouvir melhor.

Geovania: E você vê no olhar das pessoas essa troca, a emoção que você passa, o retorno é também muito maior nesse sentido.

Blog do ITC: Geovania, agora pra encerrar a nossa entrevista: no final das contas você passou ou não na prova pra Escola Técnica?

Geovania: Passei, claro! (risos) Mas, olha aqui: ele só começou a namorar comigo depois que eu passei na prova, tá? Primeiro ele ensinou, eu aprendi e ficou só nos olhares. Quando eu já estava estudando no IFES é que a gente foi conversar...

Blog do ITC: Então tá explicado (risos). Gente, muito obrigado pela entrevista e parabéns pela musicalidade de vocês.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

COMO UMA FAMÍLIA: ENTREVISTA COM ARLINDO ARRIGONI

Arlindo Fernando Arrigoni é integrante do Coral ArcelorMittal Tubarão há mais de vinte anos. Sua experiência com o canto caminhou junto - e às vezes paralelamente - à trajetória do maestro Adolfo Alves, conterrâneos que são da cidade de Colatina onde Arlindo participou do lendário coral Glória. A dupla se conheceu no Banco do Brasil - muita gente não sabe, mas o maestro Adolfo é também gerente aposentado desta instituição - onde Arlindo trabalhava como vigilante no início dos anos setenta...

Arlindo (centro) e seus companheiros do naipe de baixo.
Arlindo: Eu trabalhei no Banco do Brasil por três anos e meio, fiz o meu curso de contabilidade e fiquei estudando. Nesse meio tempo, em 1974, houve uma gincana dos colégios, me chamaram e eu entrei para o Coral Glória. Em 1979 vim pra Vitória, mais ou menos na mesma época em que o Adolfo veio também.

Blog ITC: Você veio por causa daquela grande enchente do Rio Doce? Porque Adolfo disse que veio pra cá por causa disso.


Em 1979 houve uma grande enchente que atingiu especialmente os municípios às margens do Rio Doce em Minas Gerais e no Espírito Santo, choveu sem parar todo o mês de janeiro atingindo proporções catastróficas em fevereiro daquele ano.

Arlindo: Foi por causa da chuva sim, em janeiro de 1979, e porque a minha esposa trabalhava no Banestes em Colatina, já ia completar dois anos de banco lá e por causa de seu bom desempenho conseguiu um cargo de gerente aqui em Campo Grande.

Blog ITC: E ela te acompanhava cantando em corais?

Arlindo: Ela cantava no coral Glória também, a gente viajava, fomos até o nordeste, Pernambuco, Recife, Brasília, o coral era bom pra caramba. Aqui eu passei numa prova e entrei no coral da Fundação Cultural do Espírito Santo em 1981, na época do maestro Vitor Marques Diniz (Também o primeiro regente da Orquestra Filarmônica do Espírito Santo).


Diniz e a solista Ana Benevides em 1978.


Blog ITC: Tinha prova para entrar?

Arlindo: Tinha. E o governo pagava uma ajuda de custo para os alunos coralistas. Inclusive, quem começou comigo foi o Márcio Neiva, o Carlos Vasconcelos, o Heraldo Filho (figuras importantes do canto lírico no Espírito Santo), só que eles foram adiante, se interessaram e eu nunca quis mexer profissionalmente. Depois acabou aquilo e eu fui pro coral da UFES que também quase desmantelou, enfim, nesse meio tempo eu entrei no coral do Heraldo no Banco do Brasil e ele me chamou para ir para o da Receita Federal e de lá eu pulei pro coral do Adolfo. Isso deve ter sido em 1989, 1990.

Blog ITC: Arlindo, por que é que você gosta de coral? Alguém na sua família já cantava?

Arlindo: Só o meu pai, antigamente nas igrejas se cantava aquelas orações em latim e ele fazia parte da liga católica. Tinha um grupo que cantava lá na roça e eu sempre vi aquilo, isso me influenciou muito, porque eu sempre gostei de música e de futebol, só que eu nunca fui de jogar bola e a música eu consegui melhorar um pouco. Nunca estudei para pegar uma partitura e ler, então faço como um hobby entende? Eu até deixo a família de lado para poder ensaiar com o coral.

Blog ITC: E sua esposa não participa mais?

Arlindo: Ela é aposentada, faz parte da comunidade lá e não tem jeito de sair de casa.

Blog ITC: E o coral é super importante para você então...

Arlindo: Para mim é uma descontração, não tenho nem uma palavra assim para falar do tanto de bem que me faz.

Blog ITC: Isso é perceptível em todos vocês. Vocês gostam de estar juntos, são muitos anos juntos...

Arlindo: Esse coral para mim é como se fosse uma família, entende? Infelizmente a gente não tem todos os naipes seguros e equilibrados, isso é meio difícil, temos várias pessoas boas que por uma coisa e outra saíram e isso acontece muito em grupos de música. Mas é isso aí, hoje o grupo está trabalhando legal e, tendo apoio, vai sempre melhorar.

Arlindo com o Coral ArcelorMittal Tubarão regido pelo maestro Adolfo Alves na Cordilheira dos Andes