terça-feira, 18 de dezembro de 2012
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
CORAL CANTO NA ESCOLA EM GRANDES APRESENTAÇÕES
Na terça feira passada
(dia 11 de dezembro) subiu ao palco do Theatro Carlos Gomes um grupo que reuniu
em torno de 200 jovens alunos dos projetos de ensino de música da Banda Júnior da
PMES, Coral Canto na Escola e Algazarra Arte & Coral. A banda foi regida
pelo 1° Sgt Marcos Oliveira e os Corais pela maestrina Alice Nascimento. O
concerto foi bastante informal, uma espécie de festa de encerramento do ano
destas que são iniciativas importantes e continuadas. A “Banda Mirim ou
Júnior” da Polícia Militar do Espírito Santo é destas a mais antiga, segundo site da
instituição:
“Em 1999 a Banda de Música da Polícia
Militar, com um plantel musical de alto nível acadêmico e técnico-artístico,
verificando a carência de oportunidade de acesso às artes para a população
menos favorecida, investiu na capacidade de transformação do indivíduo pela
música e criou uma Banda Mirim.”
O Projeto atende hoje
250 jovens da Grande Vitória e é bem conceituado no gênero tendo recebido em
2009 o prêmio Inoves na categoria inclusão social. A história do Canto na
Escola é semelhante, oferecendo 300 vagas para canto coral, violino, entre
outras atividades, o projeto causou mudanças positivas nas comunidades de Novo
Horizonte, Feu Rosa e Barro Branco na Serra. Ambas iniciativas contam com o
apoio da empresa ArcelorMittal Tubarão, no caso do Canto na Escola essa “parceria”,
infelizmente, termina agora em dezembro de 2012.
Um público bastante
expressivo compareceu ao Teatro Carlos Gomes, a TV Gazeta - é preciso
reconhecer e destacar o fato - tem sido uma importante divulgadora de
iniciativas do gênero, felizmente a Rede de Televisão mais importante do
Espírito Santo tem essa preocupação, porque eventos como esse são muito pouco noticiados.
A equipe do ESTV 2ª Edição – repórter Leandro Tedesco - esteve no Carlos Gomes pouco
antes do espetáculo fazendo um “ao vivo”. Veja a matéria no link:
A apresentação alternou
e uniu Banda e Coral numa mesma voz, teve mais de uma hora de duração com um
repertório que mesclou as tradicionais canções natalinas com grandes sucessos que
marcaram a música popular Brasileira na voz de Ivan Lins, Milton Nascimento,
Tom Jobim, entre outros. No próximo dia 22 de dezembro os meninos e meninas do
Coral Canto na Escola e Algazarra voltam a se apresentar no palco do Theatro
Carlos Gomes junto com a Orquestra Camerata SESI e cantoras consagradas como
Natércia Lopes, segue o flyer do evento;
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sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
AGENDA SUPER MOVIMENTADA ATÉ O NATAL
Na próxima terça-feira,
dia 11 de dezembro o coral Canto na Escola vai se apresentar num grande
concerto de natal com a Banda Junior da Polícia Militar do Espírito Santo. São
dois grupos de jovens talentos que participam de projetos bastante renomados na
Grande Vitória se reunindo pela primeira vez numa apresentação tradicional com canções
natalinas no palco do Theatro Carlos Gomes. O concerto chamado “Tocata de Natal”
está marcado para sete e meia da noite com entrada franca. Para ler mais clique
no link abaixo:
http://www.es.gov.br/Noticias/156224/banda-junior-da-pm-participa-da-tocata-de-natal-no-teatro-carlos-gomes-na-proxima-terca-11.htm
O Grupo Algazarra Arte
& Coral recebeu ontem, na sede da Associação de Moradores de Itararé, a
repórter Adriana Berlinck, da TV Gazeta, que participou de uma aula com o
grupo. A reportagem ficou muito divertida e vai ser veiculada no sábado
anterior ao natal. Adriana passou pela classificação de voz com a regente Alice
Nascimento que verificou ser a repórter uma contralto, voz considerada rara no
Brasil onde as sopranos são mais comuns. Depois do aquecimento, o grupo cantou
várias músicas com Adriana, no final a repórter confessou que daqui pra frente
vai ver as apresentações de coral com outros olhos...
O Algazarra Arte &
Coral se apresenta na manhã do próximo dia 10 de dezembro na sede do Ministério
Público do Espírito Santo. No repertório algumas canções natalinas e até o hino
dos MPs, a canção denominada “Caçadores de Corruptos” que tem autoria de Sérgio
Dário Machado (Letra) e Geraldo de Almeida Vianna (Música).
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Nos dias 13 e 14 próximos o coral formado
pelos alunos do projeto Canto na Escola vai se apresentar na Primeira Feira de
Artesanato da Serra que acontece no bairro de Laranjeiras, ao lado do terminal
de ônibus. No dia 13 o grupo será regido pela professora Monalisa Toledo e
também se apresentarão os alunos de violino do professor Lucas Anízio. No dia
seguinte se apresenta a banda de música coordenada pelo professor Eduardo Lucas
e o coral formado pelas turmas que estudam com a professora Kyssila Telles.
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Encerrando essa movimentada
semana de grandes apresentações o Algazarra Arte & Coral volta a se
apresentar para a seleta plateia do Iate Clube do Espírito Santo. A
apresentação será no domingo (dia 16 de dezembro) a partir do meio dia e faz
parte das festividades natalinas. O Iate Clube, através de sua diretora de
eventos Maria Emília Souza, tem sido um dos maiores apoiadores e incentivadores
do trabalho do grupo.
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ENCONTRO COM A SÉTIMA ARTE
O cinema é uma arte
muito amada e popular desde a sua criação. Inventado pelos irmãos Lumière em
Paris, o cinema hoje tem mais de um século de história e nesse período passou
por inúmeras transformações: de mudo para falado, de preto e branco para
colorido, da película para o digital e o atualmente popular 3D. O nome veio do “cinematógrafo”,
o primeiro equipamento usado para filmar e fazer projeções.
Com a peculiar
necessidade humana de classificar as coisas e o costume de escritores e
jornalistas tomarem mão de eufemismos para enriquecer seus textos, tornou-se
muito comum denominar o cinema de “a sétima arte”. Segundo consta na Wikipédia:
“O termo foi estabelecido por Ricciotto Canudo no ‘Manifesto das Sete Artes’,
em 1912 (publicado apenas em 1923)”. E, ainda segundo a Wikipédia, as demais artes
estariam classificadas da seguinte forma:
1ª Música (som);
2ª Dança/Coreografia (movimento);
3ª Pintura (cor);
4ª Escultura (volume);
5ª Teatro (representação);
6ª Literatura (palavra);
7ª Cinema (integra os elementos das artes anteriores mais a 8ª e
no cinema de animação a 9ª).
Outras formas expressivas também
consideradas artes foram posteriores adicionadas à numeração proposta pelo
manifesto:
8ª Fotografia (imagem)
9ª Desenho Animado (cor, palavra, imagem)
10ª Jogos de Computador e de Vídeo;
11ª Arte digital (artes gráficas computorizadas 2D, 3D e
programação).
Existem outras listas
que incluem, por exemplo, a arquitetura e também a televisão, mas o cinema
segue realmente soberano influenciando gerações e até mesmo contribuindo para ciências
como a antropologia ou a própria história. Existem documentários que nos
permitem até hoje ter uma ideia bastante exata do fascínio das massas, num só
exemplo, por Adolf Hitler, como foi registrado por Leni Riefenstahl.
A formação de um
artista é algo subjetiva e pressupõe o ensino adequado, específico e competente
de sua arte. Porém, a maioria dos grandes e consagrados ícones da área afirma
ser fundamental que o aluno tenha também uma boa ideia, ao menos introdutória, sobre
todas as outras formas de expressão artísticas. Os exemplos dessa prática são
inúmeros, vide o belíssimo filme francês “Todas as Manhãs do Mundo” em que o
professor Sainte Colombe leva seu aluno de viola Marin Marais a conhecer o
atelier de pintura de um amigo. Lá inúmeras comparações são feitas e paralelos
traçados entre a arcada da viola da gamba e a pincelada do óleo sobre a tela.
Dentro desse espírito
de introdução à sétima arte e de acesso democrático à cultura, o projeto Canto
na Escola promoveu esta semana o último passeio de 2012 levando seus alunos a
uma divertida sessão de cinema. São crianças e adolescentes da Serra-ES que
raramente têm a oportunidade – se é que muitos já a tiveram – de assistir a um filme
numa sala de exibição cinematográfica. O passeio aconteceu no Shopping
Laranjeiras e, como nem tudo é perfeito, a “película” escolhida por todos foi o
capítulo final da saga “Crepúsculo”. Entretanto, a diversão - objetivo básico
da iniciativa - foi garantida, com direito a refrigerante e pipoca para todos.
O projeto Canto na
Escola atualmente atravessa um período crítico em sua história - por ironia,
tão elogiada pela mídia neste ano de 2012. Em dezembro tem fim o apoio de seu principal
parceiro, a ArcelorMittal Tubarão. Toda a comunidade está apreensiva perante a probabilidade
desse retrocesso, simplesmente porque, não havendo mais o Canto na Escola no
ano que vem, em torno de 300 jovens ficarão novamente excluídos do ensino da música
com qualidade. Nesse momento acontece a tentativa de sensibilizar a futura gestão
da Prefeitura da Serra no sentido de viabilizar o mínimo para manutenção do
projeto, afinal um interesse do poder público.
Não é nossa intenção
fazer comparações sensacionalistas ou seguir o raciocínio lugar comum relativo
a esse tipo de ação cultural. Porém, no amor à música e na guerra à ignorância
vale tudo. Sabemos muito bem, e a mídia eventualmente retorna ao assunto, que
um apenado custa muito mais ao Estado (aproximadamente o triplo) do que um
aluno na escola normal; dentro do projeto Canto na Escola custa ainda bem menos.
Meditemos então no efeito e na importância dessa ação através do depoimento
publicado em nosso blog por Lucas Pereira de Queirós:
“Parabéns por esse
lindo projeto, que tive a honra de participar por nove anos desde quando não
tinha o nome de Canto na Escola ainda. Tenho certeza que grande parte do meu
caráter, cultura e conhecimento de mundo foi formado por vocês. Se o canto na
escola abrangesse muito mais escolas, principalmente em bairros periféricos o
custo que o Estado tem para manter centro de recuperação para menores
infratores seria bem reduzido”.
sexta-feira, 23 de novembro de 2012
A MÚSICA É A MINHA PÁTRIA
Não basta ser bem intencionado: ser e
tornar-se um pianista é um trabalho solitário, que deve ser trilhado sozinho. Só
você mesmo poderá medir com sinceridade se tem talento e o quanto ficaria
infeliz se não praticasse sua arte; (...) Muitas carreiras fracassam. A minha
própria tem tido altos e baixos, então, se o destino não leva você para o
palco, você pode fazer outras coisas – lecionar, por exemplo. (...) E a
profissão não permite recuos. Na verdade, essa profissão precisa de todo bom
professor e intérprete, porque as melhores cabeças foram para o mundo do dinheiro.
João Carlos Martins
Desde que eu, Juca
Magalhães, e a professora Alice Nascimento tivemos a ideia de criar um blog
para divulgar as ações do projeto Canto na Escola, nunca tive ou, na verdade, não
me reservei a oportunidade de falar sobre a experiência musical de meu próprio
ponto de vista. Adotei no automático o papel de “blogueiro” com um indefectível
cacoete de jornalista e me excluí no automático de emitir opiniões pessoais,
com raras exceções, bem raras mesmo. Peço licença, portanto, aos nossos
parceiros e colaboradores pra entabular uma conversa, assim, mais informal.
No trabalho do blog
fiz entrevistas com a maioria dos professores do projeto, algumas destas nos
proporcionaram retorno e visibilidade, convite para eventos e apresentações,
possibilidade de novas parcerias, afinal, tudo dentro do objetivo maior de
nossa empreitada cibernética. Nossos entrevistados se descobriram “quase famosos”
ao verem divulgada sua história, outros sentiram aquele curioso estranhamento
perante a vida, como quem sonha que está nu e longe de casa ou quando ouvimos
nossa voz em uma gravação pela primeira vez. “Esse sou eu?”
Gosto muito de
presenciar essa sensação, gosto mais ainda de conversar sobre ela. Muita gente
pensa que sua vida é comum, trivial, eu ainda acho - e devagarzinho venho
provando - que cada um tem uma vida muito singular e coisas bonitas pra contar
para todos. No caso de nosso público alvo histórias de superação, de amor
incondicional à música, essa arte tão admirada e presente na vida de todos e
tão contrastantemente vista com preconceito quando levada a sério. Tudo isso
repassamos em nossas entrevistas.
Pois ontem, ou
anteontem, foi dia da música, mais ou menos exatamente (um oximoro para os
leigos) quando o sol entra na casa de sagitário. Dia que é dedicado à Santa
Cecília, uma mocinha de nome para mim adorável e que pouca gente fala ou sabe
da história, comparado, por exemplo, com São Jorge da Capadócia. Santa Cecília
é bairro aqui em Vitória e foi também nome de um cinema que ficava num prédio bonito
e antigo ali na esquina do Parque Moscoso, local posteriormente mal afamado e
dedicado à exibição de películas retratando casais de maneira não muito decente.
A Santa mesmo, aquela
que foi escolhida como a padroeira dos músicos, conta-se que quando estava
morrendo, cantou a Deus. Segundo a Wikipédia “não se tem muitas informações
sobre a sua vida. É provável que tenha sido martirizada entre 176 e 180, sob o
império de Marco Aurélio.” O texto continua dizendo que Cecília era filha de um
senador romano que a obrigou a casar com um rapaz chamado Valeriano. Cristã fervorosa
– o que na época era proibido pelo império – a moça converteu o marido e,
resumindo muito o drama, os dois foram condenados à morte e decapitados por se
negarem a renegar a religião.
Ponto bastante
interessante para fazermos um paralelo.
Como já dito, nas
várias entrevistas que fiz com jovens músicos profissionais, todos relatam que
os pais queriam que eles estudassem outra coisa. Monalisa Toledo os pais
queriam estudando petroquímica, Eduardo Lucas trocou o direito pelo trompete e
Elias Salvador deixou a mecânica para ser maestro de coros. Talvez seja
pertinente então nos perguntar: quantos outros bons músicos não poderiam estar
se dedicando à arte e “casaram obrigado” com uma profissão “normal” para
satisfazer a família? E quantos outros, em casos mais extremos, não foram
condenados a mortes simbólicas por não poderem exercer plenamente sua
capacidade cultural?
A vida dos músicos
envolve essas escolhas difíceis que, curiosamente, se harmonizam na tocante
história de fidelidade da menina Cecília e o seu amor pela fé cristã. Amigos,
ser músico não é um trabalho ou um emprego qualquer, é mesmo um sacerdócio. O
fato de alguns posarem de astros e debutarem doidarássos para deleite da mídia
em nada empalidece a seriedade dessa vocação. O dia em que se comemora a música
é talvez o momento mais propício para refletirmos sobre a fidelidade e o amor.
A música é uma pátria à qual temos grande honra em servir, não porque a
escolhemos, mas porque por ela fomos escolhidos... Ou como diria Milton Nascimento:
Com a roupa encharcada e a alma repleta de chão
todo artista tem que ir a onde o povo está
Se for assim, assim será!
Cantando me disfarço e não me canso
de viver, nem de cantar
Imagem de Santa Cecília, óleo sobre tela, por Guido Reni em 1606 |
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
http://pt.wikipedia.org/wiki/Santa_Cec%C3%ADlia
DUBAL, David.
Conversas com João Carlos Martins. São Paulo. Editora Green Forest do Brasil,
1999.
Milton Nascimento, in "Nos Bailes da Vida".
Milton Nascimento, in "Nos Bailes da Vida".
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